Tuesday 17 July 2007

Porque vais adormecer, novamente, como uma rosa no deserto ao sentir o Siroco, transcrevo na minha casa o que escrevi na tua. Para ti, Desert Rose.

AGAIN AND AGAIN FORYOU

Desert Rose
Sonhei que sonhava contigo. Nesse sonho invocavas-me e pedias ternamente para te vir adormecer.. É isso que queres?.. Adormecer?.. Adormeço-te.( Vê a explosão de cores que envio para a tua mente... Big Bang - origem -, fogo, barcos a arder submergindo, água - em chamas -, água, mágoa, olhos rasos de água, mágoa, fere, queima.. fogo, chamas, origem, Big Bang e tu a dançar no espaço deixando cair sorrisos que criaram o mundo..)Ternura.. queres imagens de ternura na tua mente... não posso, não devo, sou eterno ( como tu ) não terno ( como tu ). Colombina e Arlequim, mascarados de desejo e expostos de amor. É ternura suficiente, ternura? Não... que disparate... a ternura nunca é suficiente. Nunca serás suficiente.( Fechaste os olhos.. já dormes? Já... já partiste.. não sonhes, não sonhes, não sonhes...)« Quero que me recordem assim, com um sorriso »« Nunca me deste um sorriso, não te posso recordar »Big Bang - origem - de sorrisos... nessa noite choveram sorrisos. Alegres, tristes, nostálgicos, melancólicos... barcos a arder carregados de sorrisos, entregues para recordação, guardados, guardados, guardados...chamas. Em chamas. Chamas-me? Vou. Chamaste-me sim... vim. Já dormes, já dormes mas não te atrevas a sonhar. Água, mágoa, olhos rasos, fere, arde, chama, chama-me, chamo-te... chamo-te!!Open your eyes... open your eyes...Lifeyes... Lifeyes...Open your eyes...

« Sweet desert rose
Each of her veils, a secret promise
This desert flower
No sweet perfume ever tortured me more than this
Sweet desert rose
This memory of Eden haunts us all
This desert flower, this rare perfume
Is the sweet intoxication of the fall »

Fallen Angel

E porque não podes cair no manto negro do esquecimento, e porque houve uma noite em que, bem mais que sorrisos, houve vinho, música e poesia... aqui deixo as nossas palavras, escritas no Tempo, num teclado a quatro mãos, num múrmurio a duas vozes...

A tua,
a nossa
sorte
morte
minha
Que só a nós aproxima...

Afasta
retem
Ilusão...

Na minha
na tua
mão...

Dou-te
Entrego-te
Entrego-me?
Ilusão, ilusão..

Sonho profundo
Paixão

E são promessas
e são quimeras
E sobretudo
A tua
a minha
ilusão.

Desmentidas
Infindáveis
Traidas
Enterradas

Procuro-te
escondes-te
no fundo
profundo
é hora...
é chegar
agora.

Trepa
sobe
agarra...

Trepadeira
ingénua
amarra.

Sonhos meus
sonhos teus
sonhos perdidos
alcançados...

Só nos teus
sonhos meus
estamos iludidos..
e sonhamos...

Num novo mundo
só meu, só teu,
em nuvens difusas

Sou assim e sou eu
és tu que usas
de mim, de ti,
do sonho que vivemos...
confusos...

Vai.
Caminha.
Segue.
Teu rumo.

Fui
Caminhei
e segui
e aqui estou
sem rumo..
Nova rota?..