Monday, 23 April 2007

Divagações II


« Não posso viver sem a minha alma. Não posso viver sem a minha vida..»

Lembras-te?.. naqueles tempos a terra era habitada por uma raça de gigantes que falavam a linguagem dos anjos e desprezavam os humanos. Só assim me compreendeste, alma imensa. Só assim cheguei a ti, Gigante...

Lembras-te?... Batalhaste comigo. Perdeste.
Ganhei-te pela força, levei-te comigo.
Perdi.

Devolvi-te a liberdade para alcançar a paz... vi-te ir... e ainda olhavas para trás.
Perdeste-te.

Segui as tuas pegadas, para te encontrar.
Perdi-me.

( Na encruzilhada em que estamos ninguém nos pode vislumbrar. Perdemo-nos. )

- Larga a harpa, maldita musa... isto não é uma história de amor, é uma história de gigantes. E tem um anjo.. um anjo, vil criatura...

Como posso viver sem a minha alma? Como posso viver sem a minha vida?

Vivendo.. para a recuperar. Recuperá-la, para a viver. Entregá-la para serenar. Entregar-me..

( Para enfim adormecer.. )
« Out On the wiley, windy moors
We'd roll and fall in green
You had a temper, like my jealousy
Too hot, too greedy
How could you leave me
When I needed to possess you?
I hated you, I loved you too
Bad dreams in the night
They told me I was going to lose the fight
Leave behind my wuthering, wuthering
Wuthering Heights... »